António Luís Santos da Costa, trabalhador por conta de outrem desde tenra idade, celebrou aos 14 anos um contrato com uma célebre entidade empregadora, do ramo dos negócios políticos, conhecida no meio por Partido da Rosa e, assim terá garantido emprego para a vida toda .
Inicialmente contratado para colar cartazes, o jovem empreendedor, cedo mostrou que tal função não lhe assistia, dedicou-se, então, à organização de corridas e, entre burros e ferraris, encontrou forma de passar a perna a uns quantos colegas de trabalho! Reza a história que assim terá chegado a CEO da empresa rosa, cargo que, desempenha desde 2014.
De caminho, foi adquirindo experiência em diversos ramos da gestão de empresas, terá aprendido com Guterres, entre muitas outras coisas, a necessidade de se fazer acompanhar de uma máquina de calcular e de outra, para simular paixões!
Sob a liderança do Engenheiro Sócrates, participou na celebração de uns quantos acordos danosos e outros tantos pactos de agiotagem, de uns e de outros soube tirar proveitos para beneficiar parceiros e neutralizar adversários. Durante esse inolvidável Período (da) Rosa, estreitou laços de oportunidade com Maria de Lurdes Rodrigues e Augusto Santos Silva, os vínculos de cumplicidade, então estabelecidos, contribuíram para a ascensão, de cada um deles, dentro da empresa! António Costa jamais poderia dispensar os serviços destes parceiros estratégicos!
Lurdes Rodrigues, entre a ruína dos parques escolares e a tragédia da mercantilização do ensino, engendrou uma obra medonha. Reconhecida e aclamada criadora de talentos, a academia (ISCTE) onde reina à sua vontade, é a principal fornecedora de recursos e matérias-primas (filhas, tias, sobrinhas,…) à empresa da Rosa. Mariana Vieira da Silva sua assessora, no tempo em que ambas trabalharam com o Engenheiro Sócrates, terá herdado da madrinha o hábito de se fazer acompanhar de uma caixinha azul, repleta de notas e auxiliares de memória!
Santos Silva, o braço direito que nenhum CEO da empresa Rosa ousa dispensar, tem sido o mentor da doutrina autoritária que alavanca o partido. Cinicamente Influente e sobranceiro, não há ramo de atividade que esteja fora do seu domínio. A sua ardilosa ambição tem feito crescer o império da Rosa, aquém e além-mar, com Camões, o do Instituto, como parceiro.
É conhecido e aclamado o seu envolvimento nos sórdidos negócios do partido. No entanto, em virtude das cláusulas de excepção, salvaguardadas pelo contrato que em 1990 terá celebrado com a empresa, goza de total impunidade e isenção de responsabilidade, pelo que, não será de estranhar que seja sempre convocado para integrar o batalhão dos negócios armados!
A inimputável prestação de serviços de Silva continua a ser indispensável ao Império da Rosa, pelo que, recentemente o conselho executivo do partido, considerou oportuno elevar o seu estilo autoritário a património imaterial da pátria lusa, designando-o Presidente da Assembleia da República. O executivo conta com o autoritarismo cínico de Santos Silva para continuar a incrementar a sujeição da Grande Loja da Democracia aos interesses do Grande Bazar do Largo do Rato.
António Costa, exercendo sem pudor a sua minoria absoluta, decidiu recrutar os seus fãs mais ferrenhos e a suas cheerleaders mais aguerridas, para integrarem a equipa maravilhaque o levará em ombros, ao longo de mais uma legis_aventura. As confrangedoras opções do primeiro ministro, não deixam margem para dúvidas, a democracia continuará submetida a um pacto de exploração, em benefício dos esconsos interesses da Empresa da Rosa.
Face a este lamentável Estado, resta saber se a academia subserviente de Lurdes Rodrigues e a inimputabilidade autoritária de Santos Silva serão suficientes para ocultar as provas da selvajaria?
Antónia Marques
Maio, 2022
One thought on “Democracia entre Burros e Ferraris”