Na última década, de forma ardilosa e sem qualquer pudor ou sentido de Estado, os governantes conseguiram consumar a inutilização da administração central, atacando de forma indecorosa a gestão dos organismos públicos, através da implementação de um conjunto de políticas tóxicas, engendradas na academia afeta ao partido socialista.
A balbúrdia e a prepotência administrativa são, de entre muitas outras trapalhadas, as marcas indeléveis da governação socialista, que mais têm contribuído para a implosão dos serviços públicos! Fragilizadas pela radicalidade dos discursos e pela violência das medidas implementadas, as principais estruturas e instituições do Estado de Direito encontram-se desvalidas, reféns da gestão abusiva, perpetrada pelos agentes subordinados ao aparelho partidário socialista!
Não há recanto da administração pública que tenha escapado à miserável ação desses mercenários. Prepotentes, arrogantes, vulgares, inoperantes, gozando de plenos poderes e de total impunidade, essas chefias colaboracionistas, escolhidas a dedo pelo clã socialista para exercem o poder de forma abusiva e discricionária, desferiram o derradeiro ataque aos órgãos vitais da democracia!
As provas dos sanguinários crimes que cometeram estão à vista de todos!
A Saúde que se extingue, padece de emergência crónica!
A Justiça prescrita, a soldo do capital, tarda e não serve a todos!
A Habitação devassada, pela soberba do ouro e das rendas insuportáveis!
A Educação moribunda, que fenece!
O extremismo e a radicalidade, da absurda maioria socialista, atingiram todos os seus alvos, para tal, muito contribuiu o ataque à Escola Pública em prol da aniquilação da emancipação da sociedade civil!
Alunos sem escola, escolas sem professores, turmas com excesso de alunos, turmas com poucos alunos, professores sem escola, alunos sem professores, professores sem casa, turmas dinâmicas com múltiplos professores, aventuras pedagógicas inconsequentes, coadjuvantes, substituições, ofertas de escola, escolas sem ofertas curriculares mas com vauchers para ofertar, alunos que não compreendem a língua do professor, professores que falam outras línguas, alunos que perderam a esperança de aprender a ler e a escrever em tempo útil, professores alienados, vencidos, convencidos agarrados às grelhas para não perderem o tino! Alunos sem paciência para fazerem de conta que a escola ainda é uma coisa séria! Assistentes polivalentes, polivalentes onde chove como na rua, contentores para guardar a miséria de uma escola que fenece, salas fechadas pela insolvência do Parque Escolar, obras sumptuosas ainda por pagar, tecnologia obsoleta e tanta treta burocrática para resolver! Alunos que progridem com avaliação insuficiente, professores excelentes que aguardam anos por uma miserável progressão, retenções proibidas ainda que o aluno não saiba ler, contar ou escrever, é a inovação flexível do currículo centrado nas necessidades concretas do aluno definidas num plano individual de trabalho da responsabilidade do conselho de turma que deixou de reunir por recusar laborar em horas extra-ordinárias! É a Escola Pública senhores, aquela que fenece enquanto o governo esbanja os recursos do erário público em aventuras capitalistas!
Competências, aprendizagens, critérios, epifanias inconsequentes. As provas, as evidências, os relatórios, as fotografias de tudo e nada para arquivar no espaço sideral do POCH! Os ajustes diretos, os programas, os planos, os projetos alheios que invadem a escola para justificar a verba que os há-de financiar! E o professor que assiste, abre a porta, fecha a boca, senta os alunos, recebe os convidados, justifica a verba dos outros, valida os créditos académicos dos outros, garante audiência aos espetáculos dos outros, enquanto vê a sua carreira minguar! É a escola moderna, indisciplinada a pensar fora-da-caixa, dizem as consultorias e os especialistas em banha da cobra e contos de vigário, contratados pela Tutela para dissertarem sobre as maravilhas da hecatombe!
Os discursos académicos importados, os relatórios estrangeiros, as estatísticas marteladas, as avaliações externas compradas aos amigos descrevem a fábula da escola maravilha que cresce sobre os despojos da escola que fenece!
Não há nada que tenha sobrado desse tempo distante, outrora novo, almejado uma vida inteira!
Nada resta dessa escola que salvou homens e mulheres da escuridão!
Na escola moribunda, sobeja apenas a saudade da Razão e uma insuportável decadência, tutelada pelo miserável ministro da educação!
Aos professores, raros, que padecem dessa Saudade cumpre continuar a Resistir ao ódio socialista, de forma a escapar à decadência moral que se abateu sobre a Escola Pública!
Aos professores, numerosos, aos quais o ódio e a indecência socialista (con)venceu, cumprirá aceitar o roubo e continuar a colaborar com a Absoluta Maioria, abrindo os braços para acolher no regaço os professores desabilitados, recrutados por João Costa!
Antónia Marques
( publicado originalmente em https://amamosaescola.pt/wp/2023/11/03/absoluta-decadencia/ )