Apesar das inúmeras evidências ilustradas, há quem não se permita reconhecer o papel determinante que a emancipada Luta dos Professores teve no desgaste da governação socialista e, consequentemente, na Demissão de António Costa.
Esse bloqueio, para além de denunciar inabilidade na leitura das circunstâncias, revela uma profunda intolerância à sublevação alheia! Lamentavelmente, esta tendência para apoucar a efetividade da ação cívica do seu semelhante tem sido responsável pela degradação da Classe que frequenta a Escola!
Esta forma desencantada de mirar o mundo, talvez o dano maior que as péssimas governanças inscreveram no Estatuto dos Professores, é uma maleita degenerativa que tolhe o discernimento e reduz a disponibilidade para colaborar e intervir em defesa de causas comuns!
Cumpre estar atento aos sinais, evitando replicar raciocínios degenerados, imbuídos do espírito sombrio “Não sei como chegámos aqui assim. Não sei nem quero saber.”
Comungar da teoria de que a Demissão de António Costa se deve exclusivamente a (mais) um faits-divers judicial é colaborar com os abusos das forças opressoras, que mantêm refém o Estado de Direito Democrático!
Urge combater a maleita reconhecendo e enaltecendo a hombridade alheia, por forma a evitar que a degenerescência se amplie e continue a servir a malvadez do inimigo!
É fundamental exaltar a Razão dos emancipados, cuja desenvoltura e dinamismo contribuiu de forma exemplar para denunciar a miserável ação governativa!
Negar essa evidência equivale a aceitar sem revolta que o cidadão esteja condenado a assistir calado à degradação da democracia!
Antónia Marques
( originalmente publicado em https://amamosaescola.pt/wp/2023/11/09/intolerancia-a-sublevacao-alheia/ )