A título de conclusão, deixo para reflexão uma temática que inspira a minha investigação científica e consequente trabalho de campo. Poderá, de alguma forma, a densidade das relações locais, que se estabelecem entre a ação pedagógica da Escola Portuguesa de Cabo Verde e o Instituto Camões, tutelado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, estar na raiz das excentricidades de que se reveste o Concurso Interno de Docentes para a EPCV 2025/26?
Read MorePodem ter mudado os perfis e os títulos nobiliárquicos, pode até o discurso ser mais delicodoce e a ação mais polida, mas, na essência o pretérito paradigma das relações entre estados e territórios colonizados, por razões diversas, não se alterou. E não terá sido por falta de alternativas, não, bem pelo contrário, a manutenção do “status”, que promove um miserável “quo vadis”, tem sido essencial para a manutenção da pobreza e dependência económica, que estão na origem de tratados ruinosos, como é exemplo o malogrado acordo de pescas. Cuja severidade da pena, que inflige à nação cabo-verdiana, vai muito além dos míseros trocados a que é vendido o peixe subtraído ao seu oceano. A cultura extrativista da UE não sucede apenas em mar cabo-verdiano, não, infelizmente, essa prática invasiva está disseminada por todo o território. A extração de população dos cantos e recantos das ilhas, para acudir a aflição demográfica dos estados europeus da união, é, neste momento, um dos alvos prioritários!
Read MoreMas, se à generalidade dos cabo-verdianos parecem faltar qualificações para obras de restauro, à equipa do CNAD parece não terem faltado dotes de adivinhação de contactos empresariais ocultos. Efectivamente, só no plano da ironia se compreende que seja mais fácil comunicar com a empresa portuguesa OpusCalsis em Cabo-Verde, do que em Portugal, país onde está sediada a sua morada fiscal.
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